quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

FOGOS DE ARTIFÍCIO


 

 Os fogos de artifício são a vários anos utilizados nas comemorações de final de ano ao redor do mundo entretanto por muito tempo seu efeito sofre o meio ambiente foi totalmente negligenciado. 

Estudos mostram que apesar do colorido que ilumina o céu e encanta muitas pessoas os malefícios que causam não só para o ecossistema mas para o próprio ser humano são incontáveis. 

O que primariamente chamou a atenção de biólogos, etólogos e conservacionistas é o barulho e seu impacto sobre a fauna. Inúmeras  aves morrem pelo estresse causado pelo  forte ruído (quer seja pelo efeito metabólico como por ex aumento do batimento cardíaco, ou comportamental, como pode ser observado nos voos incoordenados gerados pelo pânico). Animais domésticos, caninos e felinos, por possuírem uma audição muito mais apurada também são afetados. 

Uma coisa entretanto que pouco se divulga é que ao queimar os fogos de artifício emitem toxinas e os resíduos que devem ser recolhidos para evitar a contaminação do solo. Em eventos públicos realizados sobre a água não há como ter total controle da quantidade de dejetos, toxinas, metais pesados que irão ser deixados para trás envenenando peixes e  prejudicando toda a vida marinha. 

É importante que cada vez mais as pessoas tenham consciência de que existem outras formas de se comemorar sem contaminar o ambiente e sem o barulho que prejudica animais terrestres e aquáticos. Vamos ter mais respeito pela vida, 





sábado, 17 de abril de 2021

CARRAPATOS

 


Os carrapatos são artrópodes pertencentes ao grupo dos ácaros sendo responsáveis pela transmissão de uma série de doenças entre as quais vale destacar: Babesiose, Erlichiose, Anaplasmose e a Febre maculosa. Além disso a presença de grandes infestações pode levar o animal a um quadro de anemia (devido a constante perda de sangue), reações alérgicas (dermatites de contato), automutilação (pelo prurido causado), neuropatias e morte. 

Os carrapatos só se alimentam uma vez a cada fase da vida, uma vez fixados irão se soltar somente para fazer ecdise ou postura (no caso das fêmeas adultas). 

As fêmeas são maiores que os machos e quando adultos chamam atenção pois ficam com seu corpo bastante distendido até realizarem a postura do ovos. 

O uso indiscriminado de drogas carrapaticidas tem ocasionado uma maior resistência nos ácaros, dificultado o seu controle. Os carrapatos adultos em geral não são sensíveis a maioria das drogas ao contrário das ninfas e larvas que morrem facilmente. Deste modo, um controle eficaz deve incluir a retirada de todos os adultos do corpo do animal antes da aplicação do carrapaticida. Os carrapatos retirados devem ser jogados em um recipiente com álcool ou queimados pois são resistentes a água, podendo manter-se submersos por várias horas sem que venham a óbito.

A melhor maneira de evitar que seu animalzinho sofra é através da prevenção, consulte sempre seu veterinário, um check up anual pode salvar a vida do seu melhor amigo. 

sexta-feira, 2 de abril de 2021

MASTOCITOMA EM CÃES


 

O mastocitoma é um tumor maligno bastante  frequente em cães, caracterizado pela proliferação neoplásica de mastócitos oriundos da medula óssea e do tecido conjuntivo. O local de maior incidência é a pele mas qualquer órgão pode ser afetado, sendo comum a presença de síndromes paraneoplásicas associadas a este tipo de tumor. 

De acordo com a  literatura aparentemente não há predisposição quanto ao sexo, porém se observa uma maior frequência desta neoplasia em cães da raça boxer e em bulldogues. A morfologia é bastante variável podendo surgir apenas um ou mais nódulos, simultaneamente em locais variados, com formas diferenciadas, algumas vezes com presença de ulcerações. 

Existem dois tipos de graduação utilizados por patologistas para classificação do mastocitoma: 

- o sistema proposto por Patnak et al (1984) que gradua de I a III. No sistema Patnak um tumor grau I dificilmente apresenta complicações, sendo raro a presença de metastáses, tendo portanto um melhor prognóstico. Um mastocitoma tipo II tem comportamento bastante imprevisível e comportamento biológico bastante variável sendo necessário exames complementares e a avaliação de outros parâmetros para se ter um possível prognóstico. O terceiro tipo (mastocitoma grau III) é o mais grave, tem comportamento agressivo, sendo o prognóstico reservado. Neste subtipo as metástases são frequentes e há alta chance de recidiva. 

- o sistema proposto por Kiupel et al (2011) que define como alto ou baixo grau de malignidade. De acordo com a literatura pesquisada um tumor de alto grau pelo sistema Kiupel se dependendo da precocidade do tratamento e da amplitude da neoplasia tem sobrevida de 4 meses a 2 anos 


TRATAMENTO 

A exérese cirúrgica associado a um tratamento complementar a ser determinado pelo médico veterinário após avaliação de cada caso em particular, podendo ser utilizada quimiotererapia, radioterapia ou crioterapia.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

KIUPEL, M et al. . Proposal of a 2-tier histologic grading system for canine cutaneous mast cell tumors to more accurately predict biological behavior. Vet. Pathol. v.48. p.147, 2011. 

NATIVIDADE,F.S, et al. Análise de Sobrevida e Fatores Prognósticos de cães com mastocitoma cutâneo. Pesq. Vet. Bras. n.34. v.9. p.878-888. 2014

PATNAIK A.K., et al.  Canine cutaneous mast cell tumor: morphologic grading and survival time in 83 dogs. Vet. Pathol. n.21, p.469-474. 1984


sábado, 23 de janeiro de 2021

CRIPTOSPORIDIOSE EM CÃES

por Dra Márcia Baptista 



 A Criptosporidiose é uma doença causada por uma protozoário cosmopolita  (Filo Apicomplexa, Família Cryptosporiididae), o Cryptosporidium spp. A doença é mais frequente em cães mas também acomete gatos, bovinos e humanos. 

A infecção ocorre através do consumo de água e alimentos contaminados e pela ingestão direta de ovos (oocistos) contidos nas fezes em parques e áreas onde os animais costumam brincar. O parasita é bastante resistente e pode permanecer por longo tempo no ambiente. 

Os sintomas mais comuns são diarréia e febre. Outros sintomas incluem: perda de apetite, perda de peso, desidratação, letargia. Em filhotes e animais imunodebilitados a doença ocorre de forma grave e se não tratada rapidamente pode levar a óbito.

Cães adultos e saudáveis muitas vezes apresentam sintomas leves ou permanecem por um longo período assintomáticos.  Por isso é importante sempre recolher as fezes dos cães, manter sempre limpo e desintectado o ambiente onde seu pet vive e fazer exames períodicos. Quando tratada precocemente de forma adequada as chances de cura são de 100%

O diagnóstico é feito através de um exame de fezes e o tratamento deve incluir anti-protozoose e medicação de suporte de acordo com a gravidade dos sintomas. Não faça medicamentos sem o conhecimento e acompanhamento de um médico veterinário!


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

CRMV-MG. 2019. Atlas de  parasitologia veterinária; Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia, 92. 76p.

MOREIRA et al. 2018. Risk factors and infection due to Cryptosporidium spp. in dog and cats in southern Rio Grande do Sul. Braz.J.Vet. Parasitol. 27 (1):112-117. 

MORGAN et al, 2000. Cryptosporidum spp. in domestic dogs: the "Dog" genotype. Applied and Environmental Microbiology, 66 (5): 2220-2223


sábado, 28 de novembro de 2020

CÃES DE ASSISTÊNCIA

 


Um cão de assistência não é um simples cão de companhia, é um anjo que auxilia de forma cientificamente comprovada no tratamento de diversas doenças. 
São animais equilibrados e acostumados ao convívio com pessoas, e assim como um cão guia, precisam estar presente nas atividades diárias do seu tutor.
Um cão de assistência é capaz de identificar pelo olfato, por exemplo, se a glicemia do seu tutor está alta demais ou se uma pessoa que tenha epilepsia  irá entrar em crise muito antes de acontecer; ou seja eles podem SALVAR VIDAS . 
Ainda existe muita desinformação e preconceito e muitos lugares não permitem a entrada destes cães. 
Vamos compartilhar e divulgar o máximo possível sobre sua importância.
🐾❤
#caoterapeuta #cachorroterapia #caoguia #caodesuporteemocional #caodesuporte #caoterapeuta #anjos4patas  #caodecristachines 


domingo, 22 de novembro de 2020

RAÇAS DE CÃES SEM PELO

 Apesar de serem ainda considerados exóticos e desconhecidos da grande maioria, raças de cães desprovidas de pêlos já existem a centenas de anos.


A origem destas raças ainda é um pouco controversa. Alguns pesquisadores acreditam que todas tenham tido um ancestral comum africano que teria sido levado para a Ásia e para as Américas no período das navegações.

Pesquisando sobre este tipo de cães, encontrei outras 5 raças distintas:


1- Chinese Crested Dog (Cão de Crista Chinês)

O Chinese, também chamado no Brasil de Cristado Chinês, é um cão de pequeno porte que apresenta duas variedades:
-  hairless (com poucos pêlos)
-  powder puff (com pelagem farta e longa e presença de subpelo)
Devido ao seu temperamento calmo, alegre e muito carinhoso a raça vem ganhando espaço como cães de companhia pois se adaptam bem a apartamentos. Os chineses são um pouco medrosos e muito ligados aos donos e a familia e não gostam de ficar sozinhos não sendo a melhor escolha para pessoas que não desejam ter mais de um animal e que passam o dia todo fora de casa.






2 - Xoloitzcuintle (Pelado Mexicano) 



É uma raça relatvamente comum mo Méxicoe talvez a mais conhecida das raças sem pêlos, sendo difundida por diversos países. De origem bastante antiga, é sabido que povos indígenas apreciavam a sua carne, apesar de os mesmos serem considerados sagrados e representantes do Deus Asteca Xolotl (de quem herdou o nome original) - aquele que tinha a missão de guiar as almas dos mortos.
Fisicamente possui duas variedades: standard e miniatura




3- American Hairless Terrier (Terrier Pelado Americano)



Semelhante ao observados nos cristados chineses, a raça apresenta duas versões. uma variação pelada (hairless) e uma variação com pêlos.
A raça foi reconhecida pela AKC (American  Kennel Club)  apenas em 2011 e ainda não é reconhecida pela FCI (Federacion Cynologique Internacionale).
É um cão de porte pequeno a médio, musculoso e ativo  que originalmente eram utilizados para caçar ratos. Contudo, a falta de pêlos na variedade hairless reduz a aptidão de caça destes cães mas sua força, inteligência e instinto caçador o tornam excelentes para prática de esportes como por exemplo o agility.
É uma raça inteligen, hiperativa, alerta e curiosa. Todas as combinações de cores são aceitas.






4. Chinese Chongquing Dog (Cão Pelado de Chongqing)

O cão de Chongqing, também conhecido como bulldogue chinês ou hairless chinese bulldogue é uma raça muito antiga com relatos de sua existência desde a dinastia Han (206 a.C - 220 d.C). Apresenta musculatura muito desenvolvida, ausência de pelos e pele escura. Apesar de muito antiga a raça é muito pouco conhecida. 
O temperamento é muito diferente do chinese crested (cristado chinês). O Chongqing necessita de pulso e de liderança, não tolera pessoas estranhas e não tem muita paciência com crianças. É um excelente guardião da casa, fiel  com os membros da família, instintivo, alerta porém agressivo com estranhos. Não é um cão de companhia



5. Peruvian Hairless Dog  (Cão Peklado Peruano ou Cão Pelado dos Incas)

Há mais de 4000 anos que o cão "Pelado Peruano" vive no Peru. Ficou  conhecido a Europa como "Inca Orcluid Dog Moon Flower, denominação antiga que está em desuso.
Este cão cumpria um importante papel dentro dos costumos e mitos dos incas, tendo sido inclusive utilizado para fins medicinais. Basta um leve contato com ele e tem-se a sensação de se estar tocando
uma bolsa de água quente e esta característica os fez protagonista de muitas histórias , curas milagrosas e estranhos poderees, nos relatos de culturas pré-incas tais como Mochica, Chancay, Chind e Vicus.
Fisicamente, apesar de ser uma raça pelada, apresenta vestígios de pelo nas exrtremidades de seu corpo.
A raça apresenta 3  variedades de tamanho, cada um com sua padronagem:
- pequeno - 25 a 40 cm  / 4 a 8 kg
- médio -  - 40 a 50 cm  / 8 a 12 kg
- grande  -  50 -65 cm / 12 a 25 kg
São cães esguios, inteligentes e muito carinhosos com os membros da família, sendo considerados como excelentes cães de co

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

O VÍRUS RÁBICO (LYSSAVIRUS) E OS MORCEGOS (MAMMALIA, CHIROPTERA):UMA BREVE REVISÃO


 

por Dra Márcia Baptista 

A raiva é causada por um vírus (gênero Lyssavirus, Família Rhabdoviridae) e é considerada uma das mais antigas zoonoses já descritas, tendo seus primeiros relatos no antigo Egito em 2300 a.C. e na Grécia Antiga por Aristóteles. Apesar de sua alta letalidade, o vírus rábico é bastante lábil e facilmente destruído quando fora do organismo. A contaminação normalmente ocorre através da pele lesionada em contato com a saliva de um animal doente. A transmissão por aerossóis pode ocorrer mas é muito rara e depende de uma população de vírus e de hospedeiros potenciais elevadas (Brass, 1994).


Diphylla ecaudata 

No Brasil temos 03 espécies de morcegos hematófagos: Desmodus rotundus (E. Geoffroy, 1810), Diphylla ecaudata (Spix, 1823) e Diaemus youngii (Jentink, 1893). Destes, D. rotundus constitui a forma mais abundante e mais generalista quanto ao tipo de presa, predando aves, répteis e mamíferos. As demais espécies, D ecaudata e D. youngi alimentam-se, em condições naturais, preferencialmente, do sangue de aves.

D. rotundus é um morcego de porte médio que vivem em colônias formadas por haréns ou por machos solteiros. Apresentam estrutura social complexa entre indiduos da mesma colônia, seguem alguns exemplos:

- reciprocidade na higiene entre as fêmeas, que lambem umas as outras e se ajudam na retirada de ectoparasitas e sujidades que estejam grudadas na pelagem. O mesmo cuidado é direcionado ao macho responsável pela colônia, aos filhotes e jovens.

-Divisão de alimento através de regurgitação com outros membros da colônia.

Os filhotes ficam separados em um berçário e sempre sob a supervisão de um adulto.

O morcego vampiro comum, D. rotundus, possui em sua saliva uma glicoproteína (inibidor do fato X) denominada “draculina”, e um ativador de plaminogênio (Desmodus Sallivary Plasminogen Activator), ambas com ação anticoagulante. Tal característica facilita sua alimentação pois o sangue da presa permanecerá escorrendo do ferimento por mais tempo. O estudo destas substâncias tem demonstrado várias aplicações no tratamento de doenças cardíacas e vasculares.

Os morcegos hematófagos são extremamente relevantes do ponto de vista sanitário e também econômico, pois podem acarretar perdas às criações de herbívoros, propiciadas pela hipovolemia decorrente das sucessivas mordeduras, pela infestação de larvas de mosca nas feridas, miíase, e pela mortalidade provocada pelo vírus rábico. Na América Tropical D. rotundus é considerado como o principal transmissor do vírus rábico

Nos últimos séculos com aumento da urbanização e a destruição descontrolada da Mata Atlântica associada à criação de grandes animais para abate, o homem involuntariamente fez com que o morcego vampiro se aproximasse mais das cidades. Vacas, cavalos, galinhas se tornaram uma fonte fácil e farta para uma espécie que antes precisava se contentar com pequenos animais silvestres nativos da região. A consequência disso foi um boom na população de morcegos hematófagos. Aos poucos, todavia, muitas áreas de fazenda foram substituídas por grandes cidades e a perda brusca da fonte de alimento fez com que fosse necessário encontrar novos tipos de presas.

Um levantamento detalhado dos casos de raiva em humanos no Brasil no período entre 1990 e 2017 é descrito por Vargas et al (2019). De acordo com os autores existem 594 casos oficialmente comprovados, a maioria em área rural. Entre 2009 e 2017 houveram 27 casos, dos quais 11 foram transmitidos por cães, 08 por morcegos, 04 por macacos e 03 por gatos.

Apesar das inúmeras campanhas de conscientização muitas pessoas ainda se mostram resistentes ou imprudentes e não vacinam anualmente seus animais. A vacina antirrábica deve ser realizada, por médico veterinário, não somente em cães e gatos mas também em equinos e ruminantes, e realizado reforço anual.

Para seres humanos a vacina antirrábica é indicada em duas situações de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS):

- pré-exposição - indicada para pessoas que trabalham em profissões de alto risco (veterinários, pesquisadores que trabalhem com animais silvestres, ou que fiquem expostos em locais onde haja risco de contaminação); moradores de regiões onde há alta incidência da doença; pessoas que irão viajar para locais muito isolados ou com risco de contágio.

- pós-exposição – indicada para pessoas após terem sido atacadas por animal suspeito para prevenir o desenvolvimento dos sintomas clínicos.


Na cidade de Niterói, Rio de Janeiro, nos últimos anos, tem havido relatos de ataques de morcegos hematófagos a cães.

Na cidade de Niterói, Rio de Janeiro, nos últimos anos, tem-se tido relatos de ataques de morcegos hematófagos a cães. Em 29 de junho do corrente ano, um cão macho da raça dálmata de 07 anos foi atendido pela M.V. Flávia C. R. Nascimento, no bairro Peixoto, Itaipu, apresentando um ferimento oval na pata anterior direita, compatível com lesão ocasionada por morcegos hematófagos. A suspeita foi confirmada através da câmera de segurança da residência. O incidente foi notificado e devidamente registrado no centro de controle de zoonoses de Niterói, RJ.


Pesquisas recentes revelam que apesar de não serem muito frequentes os casos de raiva em cães, o vírus ainda mata animais silvestres no estado do Rio de Janeiro. A doença existe e a única forma de conseguirmos não retroceder no tempo com um crescimento no número de casos no país, não apenas em cães e gatos mas também em humanos, é através da prevenção.

Devemos ter em mente que qualquer mamífero é capaz de se contaminar e transmitir o Lyssavirus. Portanto é de grande importância ressaltar que matar indiscriminadamente animais silvestres, como por exemplo, micos e gambás, não irá solucionar o problema. Pelo contrário, a falta de presas irá fazer com que cada vez mais os morcegos hematófagos precisem procurar alimento nos centros urbanos. Bernardes-Filho et al (2014) descreve um caso de um homem de 42 anos que sofreu múltiplos ataques por Desmodus rotundus também na cidade de Niterói.

Da mesma forma, matar morcegos aleatoriamente também não resolverá o problema e ainda causará um desequilíbrio ecológico no ecossistema da região pois das mais de 70 espécies existentes somente uma se alimenta do sangue de mamíferos. As demais espécies se alimentam de néctar, frutas e insetos e auxiliam inclusive no controle de mosquitos e outros insetos de uma região.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


BERNARDES-FILHO, F.
Et al. 2014. Multiples lesions by vampire bat bites in a patiente in Niterói, Brasil, Case Report. An. Bra. Dermatol. 89(2):340-343.

KAKUMANU, R. et al. 2019.Vampire Venom: Vasodilatory Mechanisms of Vampire Bat (Desmodus rotundus) Blood Feeding. Toxins (Basel). 11(1): 26.

PERACCHI, A & NOGUEIRA, M. 2010. Lista anotada dos morcegos do Estado do Rio de Janeiro, sudeste do Brasil. Chiroptera Neotropical, 16.

SANTOS, Hertz. 1998. Estudo de uma colônia de morcegos hematófagos, Desmodus rotundus (PHYLLOSTOMIDAE, DESMODONTINAE), na Fazenda Santa Carlota, Município de Cajuru, São Paulo.. Universidade de São Paulo, Disssertação de Mestrado em Zoologia.

SODRÉ, M. M. et al. 2010. Update list of bat species positive for rabies in Brazil. Rev. Inst. Med. Trop. São Paulo, 52(2):75-81.

VARGAS et al. 2019. Human Rabies in Brazil: a descriptive study, 2000-2017. Epiodemiol. Serv. Saude. 28(2)

WILKINSON G.S. 1984. Reciprocal food sharing in vampire bats. Nature 309:181–184

WORLD HEALTH ORGANIZATION https://www.who.int/ith/vaccines/rabies/en/