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quinta-feira, 25 de agosto de 2022

RINOTRAQUEITE FELINA





A rinotraqueíte felina é uma doença altamente contagiosa, que acomete o trato respiratório superior e é ocasionada pelo Herpesvírus Felino Tipo I.
O gato doméstico é o principal hospedeiro do vírus mas outras espécies silvestres também podem adoecer.

O vírus é eliminado com as secreções nasais e lacrimais, assim como pela saliva, especialmente na forma de aerossol, pelos animais doentes. O vírus pode se replicar tanto nas células epiteliais da conjuntiva como no trato respiratório superior e também nos neurônios. A infecção neural permite ao vírus estabelecer longo estado de latência após a infecção primária

É uma enfermidade muito comum em gatos e que apresenta uma alta taxa de mortalidade. Os animais que sobrevivem se tornam portadores pois a doença não tem cura. Os gatos que conseguem superar a fase letal da doença irão passar o resto da vida  apresentando sintomas como hipersalivação, espirros, tosse, dispnéia, conjuntivite e corrimento óculo-nasal que varia de seroso a mucopurelenta.
O problema é especialmente grave em abrigos, onde muitos animais vivem confinados. Apesar da sua letalidade a doença pode ser facilmente evitada pela vacinação anual  preventiva

CONSULTE SEMPRE SEU VETERINÁRIO !


segunda-feira, 25 de julho de 2022

HETEROCROMIA

 


Heterocromia iridium ou  simplesmente heterocromia, é uma condição que pode ocorrer em diversas espécies, inclusive em humanos.

Em felinos esta condição ocorre devido a uma falha durante a embriogênese na formação de melanócitos em apenas um dos lados levando a formação de cores diferentes.
Tal condição está normalmente associada a despigmentação não apenas da região da íris mas também de outras estruturas derivadas do ectoderma como pele e pelos, com frequência está associada a surdez congênita (não necessariamente hereditária).

segunda-feira, 13 de junho de 2022

ESPOROTRICOSE

 A esporotricose, também conhecida como doença do jardineiro, é provocada por mais de uma espécie de fungo do gênero  Sporothrix , encontrado no solo e em plantas e de distribuição mundial, sendo muito comum no Rio de Janeiro, com número ascendente de casos na última década. 

A doença é mais comum em gatos mas também pode acometer outras espécies. Por ser transmissível ao homem é considerada um zoonose.

No Rio de Janeiro, o Hospital Evandro Chagas (Fiocruz) é considerado como referência para o tratamento da doença em seres humanos.

De acordo com a Agência Fiocruz de notícias, a maioria dos casos, no Rio de Janeiro, em seres humanos é oriunda de arranhões e mordeduras de felinos doentes.

A forma natural de contágio é por penetração de estruturas miceliais através de um ferimento. O fungo multiplica-se no nódulo linfático, onde fica retido, quando alcança um número elevado se espalha pelos vasos linfáticos. A doença é crônica e tem desenvolvimento lento.

Em humanos, observa-se a forma pápulo-nodular eritematosa que evolui para ferimentos ulcerados ou lesões verrucosas. Um linfangite nodular ascendente também pode ser observada. O período de incubação pode variar de alguns dias até 3 meses. As lesões são mais frequentes nos membros superiores e na face.
A forma cutânea da doença é a mais comum e pode se apresentar de 3 formas:
- forma cutânea localizada - com ferimentos superficiais sem comprometimento linfático
- forma cutâneo linfática  - é a forma mais comum. A lesão começa com a formação de um nódulo que ulcera. A partir desta lesão forma-se um cordão endurecido que segue pelos vasos linfáticos em direção os linfonodos.
- forma cutâneo disseminada - ocorre em paciente s imunossuprimidos. Lesões nodulares, ulceradas e verrucosas se disseminam pela pele.



Em felinos a forma cutânea da doença é a mais observada. As lesões são mais frequentes na região da cabeça. A forma extracutânea pode comprometer diversas áreas do organismo, com envolvimento dos pulmões, articulações, seios nasais ou sistema nervoso central. Sintomatologia respiratória (espirros, dispneia e secreção nasal), assim como linfangite e linfadenomegalia podem também ser observados. 



O diagnóstico definitivo requer isolamento do fungo em meio de cultura e posterior identificação, o que pode levar de quinze a vinte dias. Os exames de citopatologia e histopatologia são uma alternativa viável, com alto grau de confiabilidade e muito mais rápido permitindo que o animal não precise ficar tanto tempo aguardando para iniciar o tratamento. 
 





domingo, 13 de março de 2022

OBSTRUÇÃO URETRAL EM GATOS


    

     A obstrução uretral ocorre com muita frequência em gatos, especialmente em machos, e podem ter causas diversas.  O sintoma principal é a incapacidade de urinar. O animal tenta mas não consegue pois o canal de passagem da urina está obstruído ("entupido"). É uma situação bastante grave e que necessita de atendimento de emergência. 

     Por ser um tema muito extenso irei dividir em mais de uma postagem para que não fique muito cansativa a leitura. Hoje falaremos do problemas de uma forma mais geral, vamos conversar um pouco sobre o porquê da necessidade de atendimento de emergência e de como saber quando procurar ajudar de um médico veterinário.   

   CAUSAS 

    As causas de obstrução mais comuns são por mucoproteínas e por presença de urólitos ("cálculos"), mas também podem ocorrer por transtornos funcionais da musculatura e neoplasias. Os felinos obstruídos possuem um processo inflamatório das vias urinárias que é acompanhado da presença de minerais (cristais e urólitos). 

   FISIOPATOLOGIA

    Vamos tentar entender o porquê é tão grave. O rim produz urina o tempo todo e essa urina é mandada para a bexiga. A bexiga é uma bolsa que cada vez que fica cheia envia uma mensagem pro cérebro avisando que o animalzinho precisa ir esvaziá-la. Agora imagine se tem uma pedrinha ou alguma outra coisa ali no caminho que não deixe a urina sair. Imaginou?  O rim vai continuar a funcionar, a urina não tem como sair, a vesícula urinária ("bexiga")  vai continuar tentando esticar pra conseguir acomodar todo aquele líquido mas sua capacidade é limitada. 

   Duas situações, ambas muito muito graves, podem acontecer: (1)  esse líquido começar a voltar ocasionando lesões no rim (por vezes irreversíveis); (2) a tensão dentro da bexiga ficar muito alta e haver o rompimento desta, acarretando o vazamento de urina e partículas com potêncial inflamatório (patógenos, urólitos, muco, sangue) para cavidade abdominal. 


    O QUE FAZER ? 

    Procurar imediatamente por um médico(a) veterinário(a) de sua confiança é imprescindível para o sucesso do tratamento, pois é uma situação muito grave e se não atendido a tempo o animalzinho pode inclusive vir a óbito. 

    O tratamento irá depender muito da causa e somente um vet será capaz de decidir qual o melhor método utilizar, Em alguns casos manobras são realizadas e a desobstrução é feita com a passagem de uma sonda uretral e lavagem da bexiga para retirada de todas as sujidades ali presentes. Entretanto algumas vezes pode ser necessária intervenção cirúrgica de emergência.

    É de extrema relevância que alguns pontos sejam observados:

- nunca tente passar uma sonda em seu próprio animal sem conhecimento técnico, pois um erro pode causar danos sérios a uretra como hemorragia e até mesmo rompimento da bexiga. 

- se seu gato(a) está sem urinar, primeiramente verifique se a caixinha de areia está suja, alguns animais não gostam de usar bandejas sujas e ficam "se prendendo". Ás vezes a simples troca da areia faz com que o seu bichano vá lá urinar.

- a presença de urina o excesso de força para urinar não é normal  - se observar isso - não espere  - procure logo um vet de sua confiança.

- nunca fique apertando a barriga do seu gatinho para que ele faça 'pipi" - você pode causar lesões ou mesmo romper a bexiga se ela estiver muito cheia e não houver passagem para saída da urina.

- o sucesso do tratamento depende não somente do seu veterinário mas também do tempo que você levará para procurar ajuda. Lembre-se veterinários não podem fazer milagres, quanto mais precoce for o atendimento maior a chance de sucesso. 


Referências Bibliográficas

Sozinho, A.C.C.F. 2019. Frequência da infeção bacteriana do trato urinário inferior como causa de obstrução uretral felina : estudo retrospetivo de 60 casos clínicos. Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina Veterinária, Lisboa.  https://www.repository.utl.pt/handle/10400.5/17335

SOUZA, LD.P  et al. 2021. O papel das urolitiasis na obstrução uretral de felinos domésticos: uma revisão de literatura. Research Society and Development v.10 n8. 

YEPES, G.E. et al. 2019. Obstrução uretral em felinos. Revista Unilago v1.n1.