sábado, 17 de abril de 2021

CARRAPATOS

 


Os carrapatos são artrópodes pertencentes ao grupo dos ácaros sendo responsáveis pela transmissão de uma série de doenças entre as quais vale destacar: Babesiose, Erlichiose, Anaplasmose e a Febre maculosa. Além disso a presença de grandes infestações pode levar o animal a um quadro de anemia (devido a constante perda de sangue), reações alérgicas (dermatites de contato), automutilação (pelo prurido causado), neuropatias e morte. 

Os carrapatos só se alimentam uma vez a cada fase da vida, uma vez fixados irão se soltar somente para fazer ecdise ou postura (no caso das fêmeas adultas). 

As fêmeas são maiores que os machos e quando adultos chamam atenção pois ficam com seu corpo bastante distendido até realizarem a postura do ovos. 

O uso indiscriminado de drogas carrapaticidas tem ocasionado uma maior resistência nos ácaros, dificultado o seu controle. Os carrapatos adultos em geral não são sensíveis a maioria das drogas ao contrário das ninfas e larvas que morrem facilmente. Deste modo, um controle eficaz deve incluir a retirada de todos os adultos do corpo do animal antes da aplicação do carrapaticida. Os carrapatos retirados devem ser jogados em um recipiente com álcool ou queimados pois são resistentes a água, podendo manter-se submersos por várias horas sem que venham a óbito.

A melhor maneira de evitar que seu animalzinho sofra é através da prevenção, consulte sempre seu veterinário, um check up anual pode salvar a vida do seu melhor amigo. 

sexta-feira, 2 de abril de 2021

MASTOCITOMA EM CÃES


 

O mastocitoma é um tumor maligno bastante  frequente em cães, caracterizado pela proliferação neoplásica de mastócitos oriundos da medula óssea e do tecido conjuntivo. O local de maior incidência é a pele mas qualquer órgão pode ser afetado, sendo comum a presença de síndromes paraneoplásicas associadas a este tipo de tumor. 

De acordo com a  literatura aparentemente não há predisposição quanto ao sexo, porém se observa uma maior frequência desta neoplasia em cães da raça boxer e em bulldogues. A morfologia é bastante variável podendo surgir apenas um ou mais nódulos, simultaneamente em locais variados, com formas diferenciadas, algumas vezes com presença de ulcerações. 

Existem dois tipos de graduação utilizados por patologistas para classificação do mastocitoma: 

- o sistema proposto por Patnak et al (1984) que gradua de I a III. No sistema Patnak um tumor grau I dificilmente apresenta complicações, sendo raro a presença de metastáses, tendo portanto um melhor prognóstico. Um mastocitoma tipo II tem comportamento bastante imprevisível e comportamento biológico bastante variável sendo necessário exames complementares e a avaliação de outros parâmetros para se ter um possível prognóstico. O terceiro tipo (mastocitoma grau III) é o mais grave, tem comportamento agressivo, sendo o prognóstico reservado. Neste subtipo as metástases são frequentes e há alta chance de recidiva. 

- o sistema proposto por Kiupel et al (2011) que define como alto ou baixo grau de malignidade. De acordo com a literatura pesquisada um tumor de alto grau pelo sistema Kiupel se dependendo da precocidade do tratamento e da amplitude da neoplasia tem sobrevida de 4 meses a 2 anos 


TRATAMENTO 

A exérese cirúrgica associado a um tratamento complementar a ser determinado pelo médico veterinário após avaliação de cada caso em particular, podendo ser utilizada quimiotererapia, radioterapia ou crioterapia.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

KIUPEL, M et al. . Proposal of a 2-tier histologic grading system for canine cutaneous mast cell tumors to more accurately predict biological behavior. Vet. Pathol. v.48. p.147, 2011. 

NATIVIDADE,F.S, et al. Análise de Sobrevida e Fatores Prognósticos de cães com mastocitoma cutâneo. Pesq. Vet. Bras. n.34. v.9. p.878-888. 2014

PATNAIK A.K., et al.  Canine cutaneous mast cell tumor: morphologic grading and survival time in 83 dogs. Vet. Pathol. n.21, p.469-474. 1984